Controle tecnológico de pavimentação: como evitar patologias futuras?

O desempenho de uma estrutura de pavimento está diretamente ligado à qualidade dos materiais, à execução e ao controle tecnológico empregado em cada fase da obra. Patologias como trincas, afundamentos, exsudação e desagregação superficial são sintomas de falhas que, em muitos casos, poderiam ser evitadas com um controle tecnológico criterioso, executado conforme os parâmetros das normas ABNT e especificações do DNIT.

O que é controle tecnológico de pavimentação?

Trata-se de um conjunto de ensaios e verificações técnicas realizados durante as fases de projeto, execução e operação de obras rodoviárias e urbanas. Seu objetivo é garantir que os materiais e os processos estejam dentro dos padrões exigidos de qualidade e desempenho.

As etapas mais comuns de controle incluem:

  • Caracterização e controle do solo de subleito e sub-base (granulometria, limites de Atterberg, compactação);
  • Controle do RCB e CBR (índice de suporte California);
  • Verificação da densidade in situ (Método do frasco de areia ou do troxler);
  • Ensaios de ligantes asfálticos (penetrabilidade, viscosidade, ponto de fulgor);
  • Controle de misturas betuminosas (MDR, teor de ligante, estabilidade Marshall);
  • Controle geométrico e de espessuras por perfilometria.

Principais patologias e suas causas técnicas

As falhas mais frequentes em pavimentos estão associadas à execução deficiente ou à ausência de controle em pontos críticos. Abaixo, destacamos as principais patologias e suas causas técnicas:

PatologiaPossíveis causas
Trincas por fadigaCamada asfáltica com espessura insuficiente; subleito mal compactado
Afundamentos (trilhas de roda)Falhas no controle de compactação ou excesso de finos na mistura
Desagregação superficialLigante inadequado ou ausência de controle térmico da usinagem
Exsudação asfálticaExcesso de CAP na mistura; falha no controle de teor de ligante

Normas e parâmetros técnicos de referência

O controle tecnológico é orientado por um conjunto normativo robusto. Entre os principais documentos, destacam-se:

  • ABNT NBR 7182 – Ensaio de compactação de solos;
  • ABNT NBR 9895 – Ensaio Marshall para misturas betuminosas;
  • ABNT NBR 15115 e 15116 – Determinação do ponto de amolecimento e viscosidade do CAP;
  • Especificações do DNIT (ES-P 05/05, ES-P 07/18 e outras), que definem critérios mínimos de desempenho para cada camada do pavimento.

O cumprimento sistemático dessas diretrizes é o que garante o desempenho estrutural e funcional da rodovia ao longo de sua vida útil.

O papel dos laboratórios especializados

Para que o controle tecnológico não se restrinja a uma exigência documental, é fundamental contar com laboratórios que atuem com confiabilidade metrológica e rastreabilidade dos ensaios. O Grupo Lacerda realiza o acompanhamento completo de obras de pavimentação, com atuação nas seguintes frentes:

  • Ensaios de controle de solos e agregados;
  • Monitoramento da produção e aplicação de CBUQ em campo;
  • Análises físico-químicas de ligantes asfálticos;
  • Elaboração de relatórios técnicos conforme exigência contratual e normativa.

 

Evitar patologias futuras em pavimentos não é uma questão de sorte, mas de controle técnico rigoroso. O investimento em controle tecnológico reduz retrabalho, amplia a vida útil da via e garante o cumprimento dos critérios de desempenho e segurança. Obra que se sustenta no tempo é obra que começou sendo medida, monitorada e certificada desde o primeiro metro de solo compactado.

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